I've got a war in my mind

Estas férias não foram bem aquilo que eu tinha pensado. Primeiro tive imensos problemas familiares relacionados com saúde. Em consequência disso, a minha família anda muito em baixo, o que fez com que o Natal nem tivesse sido Natal. Faltaram alguns filmes "obrigatórios" da época, faltaram alguns momentos em família. Enfim, são fases. Pelo menos é o que eu espero.

Estar com o meu namorado tem sido fantástico, mas parece que o tempo nunca é suficiente para matar as saudades enormes. Daqui a uns dias regresso a Lisboa, de volta à minha independência e, de alguma forma, à solidão. Esperei tanto por estas férias e estão a acabar tão rápido.

Adoro esta altura do ano! E estou a adorar passá-la em Lisboa (exceto de estar longe da minha família e do meu namorado). Estou a adorar o frio, as roupas quentinhas, o sol, as compras de Natal. Esta é a minha época favorita do ano, e para melhorar, faço anos daqui a dois dias :) 

Como eu neste momento já estou a passar por uma fase muito fácil da vida (not) e quando parece que nada pode piorar, a verdade é que piora. Após destar a longe de tudo e todos, de estar longe do meu namorado e de ele estar com imensos problemas, a minha avó está no hospital e as coisas não estão nada bem. O que ela tem pode levar a que tudo corra bem, mas também a que tudo corra mal. E eu aqui, longe dela e da minha família, só me apetece ir a correr para lá (neste caso nadar). Sinceramente, estes últimos tempos têm-me levado a conhecer-me melhor a mim mesma e descobri que sou mais forte e que aguento mais do que aquilo que alguma vez pensei que aguentasse. Para além de toda a pressão na faculdade com um curso que não é nada fácil, estou a viver sozinha numa casa com estranhos, longe da minha família e do meu namorado. O meu namorado está a passar uma fase horrível e vai passar uma ainda bem pior num futuro bem próximo, relacionado com uma pessoa de quem ele gosta muito e que está muito mal. Desde que estou em Lisboa, já duas pessoas da minha família tiveram problemas de saúde, sendo que agora o da minha avó é o mais grave e está toda a gente à espera do pior. Eu só queria daqui a 15 dias ir para a minha ilha, aproveitar o Natal, relaxar e ser feliz. Mas pelos vistos isso não vai acontecer. Parece que a vida está a tentar testar o meu limite e, sinceramente, já não aguento muito mais.

Tenho medo, não vou dizer que não tenho, de o que aí vem e que a notícia horrível que vais receber afete a nossa relação. Sei que vais ficar muito fragilizado e que o teu mundo vai parecer que vai acabar. Sei que as nossas férias não vão ser perfeitas como pensávamos e como mereciamos, mas estou contente por te poder apoiar nesta fase que aí vem. Podem não ser umas férias loucamente apaixonadas e felicíssimas, mas vou estar ali ao teu lado no momento mais difícil da tua vida. E é isso que mais quero, quero ajudar-te, quero aliviar toda a dor que vais sentir e saberes que apesar de muita coisa na tua vida ser incerta, o nosso amor não é uma delas. No que depender de mim, vou estar lá ao teu lado e vou abraçar-te enquanto chorares e ouvir tudo o que quiseres dizer. Vou tentar animar-te, fazer com que aproveites minimamente as tuas férias e incentivar-te a não desistires do teu futuro, porque tu mereces o melhor. Nós merecemos. Amo-te tanto e dói-me tudo ao saber que o dia de receberes essa terrível notícia aproxima-se. Não merecias isto de maneira nenhuma. E por favor, não te esqueças de mim, nem ponhas a nossa relação de lado. Tenho tantas saudades e não vejo o dia de estar contigo! Parece que a vida só nos quer dificultar as coisas e que quando tudo parece que não pode piorar, piora. Mas sabes? Eu acho que temos algo mesmo muito especial, porque conseguimos ultrapassar tudo e acho que este caso (apesar de nunca termos passado por nada tão mau), não vai ser exceção. Porque é tudo muito bonito quando se vê a pessoa quase todos os dias e é tudo maravilhoso. Mas são poucos os que aguentam não ter bons momentos juntos e ainda ter um monte de dificuldades à mistura e, mesmo assim, quererem continuar com essa pessoa, porque essa pessoa vale tudo isso. Eu amo-te e estou contigo para tudo, não só para os dias bons e agradáveis, mas sim para os meses inteiros sem a tua presença e para os dias em que parece que o teu mundo vai acabar e em que eu não sou a tua prioridade.

Eu vou estar sempre lá, sempre que quiseres que eu lá esteja.

Pensei que agora na Universidade fazer trabalhos de grupo fosse ser muito melhor, devido ao facto de as pessoas serem mais inteligentes e mais interessadas. Não poderia estar mais enganada. Há pessoas que, sinceramente, não sei como estão na Universidade, outras que só me apetece bater-lhes e outras que até se vai aturando. A sério, existem pessoas tão tolas, sem métodos nenhuns e que depois se acham muito inteligentes. Mete nojo. É que não percebem nada do que estão para ali a fazer e depois põe-se mandar postas de pescada e a achar que estão a dizer uma grande coisa, e depois tem que se perder quase meia hora a explicar a suas excelências que estão erradas, o que leva tanto tempo porque não aceitam e acham que são muito espertas. É que só fazem mesmo sugestões parvas e desnecessárias e a maioria do tempo que se perde é a tentar explicar-lhes, sem lhes ferir o orgulho e a auto-estima, que as suas sugestões são uma merda e que mais vale não estarem a falar constantemente, mas sim apenas quando tiverem a certeza do que tão a dizer. É que desta forma nunca estamos a andar para a frente, mas sempre para trás. E quando avançamos, estas abéculas arranjam sempre um dilema ou uma merdinha infantil para perdermos tempo.

Outra coisa que me irrita profundamente é estar a fazer um trabalho com cinco pessoas e falarem todos ao mesmo tempo. Depois, estão sempre a implicar com a porcaria de umas vírgulas e palavras (e normalmente as implicações são sempre estúpidas, porque também não percebem nada de gramática, mas têm que mostrar que percebem alguma coisa) e também estarem sempre a pôr questões  totalmente desnecessárias e de gente completamente burra, o que faz com que uma hora e meia de trabalho seja muito pouco produtiva.

A sério acabem com estes malditos trabalhos de grupo que eu já não aguento!

Estou super revoltada e frustrada. Fiz uma apresentação oral há quase um mês e acho que nem me saí nada mal. O professor marcou tutorias com toda a gente para dar a nota e o feedback e quando chegou à minha vez nem tinha a nota! Perguntei à minha colega, que fez a apresentação comigo, que nota é que ela teve (porque ele está a dar notas muito semelhantes aos elementos do mesmo grupo) e ela teve 12! 12?! Sei perfeitamente que ele me vai dar o mesmo género de nota e mete-me raiva porque vejo pessoas que não apresentaram nada de jeito, que só leram power points, que gaguejaram e tudo mais e tiveram 14 e 15!!! Aquele professor funciona muito à base de quem ele gosta ou não, e eu para ele sou mais uma no meio de muitos, por isso tá-se a lixar. E quando agora lhe pergunto a minha nota ele diz que se esqueceu e ir ver. Que irresponsabilidade! Nessa mesma tutoria era suposto mostrarmos um trabalho escrito para ele dar algum acompanhamento e dar a sua opinião e como o meu já estava quase pronto ele nem quis olhar para ele, porque já estava pronto. Enquanto que ajudou imenso outras pessoas! O que é que se faz com gente desta?

Estou tão ansiosa pelo Natal apesar de ter que passar as férias todas a estudar, é a minha época preferida do ano e este ano vai ter um sabor ainda mais especial, porque vou estar com a minha família e amigos que já não vejo desde setembro e principalmente com o meu namorado que já não vejo desde Outubro. Mal posso esperar para chegar a casa com tudo enfeitado, fazer bolachas e uma maratona de filmes de Natal.

Até lá tenho 7 trabalhos para entregar e uma frequência para fazer, mas vá pensamento positivo, já falta menos de um mês!

Não há absolutamente nada melhor do que no fim de um dia comprido, deitar numa cama fofinha a ver um filme :)

Agora que vivo sozinha ando um bocadinho à nora e sem saber bem o que cozinhar, acabando sempre por comer as mesmas coisas. Assim, peço-vos que me deixem aqui ideias de refeições (e deixem várias) que costumem fazer para ver se começo a ter uma alimentação mais diversificada :p

Tenho o coração tão apertado... Porque sei que ele está a passar uma fase muito difícil e porque sei uma coisa terrível e grave que ele nem faz ideia, e que se sobesse o mundo dele iria virar-se de pernas para o ar. 

O pior é que não lhe posso contar.